Milo and Elijah Peters (The Peters Twins), Luke Hamill, and Kris Evans – an orgy
A casa dos Peters era conhecida pela dupla de terremotos loiros, Milo e Elijah. Eles tinham vinte anos, eram idênticos em tudo, exceto no jeito de amar. Milo, o mais velho por um minuto, era alma artística, sempre com um caderno de esboços sob o braço. Elijah era pura energia cinética, o camisa dez da família, com uma bola de futebol quase como uma extensão do próprio corpo.
Seu mundo ganhou novas cores quando Luke Hamill se mudou para a casa ao lado. Luke era uma quietude que sussurrava. Trabalhava como encadernador, restaurando livros antigos, e suas mãos eram sempre manchadas de tinta e cuidado. Foi Milo quem o viu primeiro, no jardim, delicadamente pressionando uma folha de ouro em um velho dicionário. O coração de Milo, acostumado a capturar beleza no papel, parou. Ele era a paisagem que Milo sempre quis desenhar, mas nunca soube por onde começar.
Enquanto isso, Elijah conheceu Kris Evans na academia do bairro. Kris era um personal trainer, um furacão de sorrisos largos e incentivos vibrantes. Era o oposto da calmaria de Luke. Kris não sussurrava; ele ria, alto e claro, e desafiava Elijah a levantar mais peso, correr mais rápido, ser melhor. E Elijah, que vivia de desafios, se viu conquistado não por um adversário, mas por um parceiro de jogo.
Os quatro, inexplicavelmente, se encaixaram.
As noites na varanda de Luke eram o ponto de encontro. Milo se sentava nos degraus, esboçando o perfil de Luke contra a luz do pôr-do-sol, enquanto Luke, com um sorriso tranquilo, observava suas próprias mãos ganharem vida no papel. Do outro lado, Elijah e Kris disputavam um jogo de cartas absurdo, as risadas de Kris ecoando e fazendo Milo sorrir sem levantar os olhos do desenho.
Era uma coreografia perfeita. Kris trouxe aventura para a vida tranquila dos três. Luke trouxe serenidade para a energia turbulenta de Elijah. E os irmãos Peters, Milo e Elijah, eram a ponte que mantinha aquele universo peculiar e perfeito em equilíbrio.
Num sábado quente, durante um piquenique no parque, a sinfonia tocou sua nota mais doce. Elijah e Kris estavam no meio de uma partida de futebo improvisada, sujos de grama e suor. Milo, deitado sob uma árvore com a cabeça no colo de Luke, lia um trecho de um livro que Luke havia restaurado. De repente, Kris, num lance desastrado, tropeçou e caiu de cara no chão, levantando-se com um bigode de terra.
A gargalhada de Elijah foi contagiante. Luke riu, um som raro e precioso. Milo, olhando para cima, viu Luke rindo, depois para Elijah, que ajudava Kris a se levantar, limpando a terra do seu rosto com uma ternura que contrastava com a brincadeira brutal. Kris, então, puxou Elijah para um abraço molhado de suor, que Elijah aceitou de bom grado.
Milo sentou-se e pegou a mão de Luke. “Eu acho que acabou,” ele disse, suavemente.
Luke olhou para ele, um pouco alarmado. “O quê?”
“O meu desenho,” Milo explicou, mostrando o caderno. Era um esboço dos quatro naquele momento: Kris e Elijah abraçados e sujos, ele mesmo deitado no colo de Luke, e Luke, com seu sorriso tranquilo, olhando para ele. “Está completo agora.”
Luke entendeu. Não era um retrato de rostos, mas de almas que se encontraram. Elijah, o seu irmão gêmeo, sua outra metade desde sempre, tinha encontrado a sua em Kris. E ele, Milo, tinha encontrado a sua em Luke.
Naquela tarde dourada, os gêmeos Peters, o homem que sussurrava com os livros e o homem que ria com o mundo, formaram uma constelação de quatro pontos. E cada um, à sua maneira, havia finalmente encontrado o lar.




