London Drill – Diggory and The Wolf Project fuck
O Grande Pântano de Aethel sussurrava segredos ancestrais sob a névoa prateada que subia das águas paradas. Diggory conhecia cada um deles. Ele era o Guardião do Pântano, um homem de poucas palavras e passos silenciosos, cuja vida se entrelaçava com os juncos, os musgos e as criaturas esquivas que ali habitavam. Sua cabana de madeira, erguida sobre pilares antigos, era seu refúgio e seu posto de observação.
Tudo mudou quando as máquinas chegararam. Elas rugiam na borda sul do pântano, monstros de aço e fumaça que cuspiam árvores e aplainavam a terra. E à frente delas, estava **The Wolf Projetek**. Não era um lobo de verdade, mas um engenheiro de olhar afiado e mente calculista, vestido com um casaco técnico e carregando uma prancheta digital. Seu nome de projeto era tão frio e impessoal quanto sua missão: drenar o pântano para dar lugar a um complexo logístico.
O primeiro encontro foi um confronto de mundos. Diggory surgiu da névoa, silencioso como um fantasma, plantando-se diante do trator que The Wolf inspecionava.
“Você está destruindo um pulmão vivo,” disse Diggory, sua voz tão áspera quanto a casca de um salgueiro.
The Wolf ergueu os olhos, irritado. “Estou construindo o futuro. Progresso, você sabe? Estradas, empregos.”
“O futuro precisa respirar,” retorquiu Diggory, e seu olhar, da cor da turfa molhada, continha uma sabedoria que fez The Wolf hesitar por um segundo.
Nos dias que se seguiram, uma trégua tensa se estabeleceu. The Wolf, movido por uma curiosidade profissional que ia além do projeto, começou a visitar a cabana de Diggory ao anoitecer. Inicialmente, eram discussões acaloradas sobre ecossistemas e cálculos de impacto ambiental. Mas, lentamente, a conversa se transformou. Diggory começou a mostrar a The Wolf o pântano. Ensinou-o a ler os rastros nas margens, a identificar os cantos dos pássaros noturnos, a entender como a água, a terra e o céu estavam intrinsecamente ligados numa dança delicada.




