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Ruggery Valdivia and Jai fuck

**Ruggery Valdivia** era um homem de raízes profundas. Herdou de seu avô uma pequena vinícola nos Andes chilenos, onde cada videira era tratada com um conhecimento ancestral. Suas mãos, calejadas pela terra, entendiam a linguagem silenciosa das plantas. Ele acreditava no tempo certo, na paciência e no suor como oração. Sua vida era um ciclo de estações, previsível e sólida como as montanhas que cercavam seu vale.

**Jai** era um fotógrafo de natureza nômade. Sua vida cabia em uma mochila: câmeras, lentes e um diário de bordo cheio de coordenadas. Ele perseguia a luz perfeita em desertos, florestas e picos gelados. Seu mundo era o vento, o acaso e a beleza fugaz de um instante capturado. Ele não pertencia a lugar nenhum, e a todos ao mesmo tempo.

O destino os uniu quando Jai chegou ao vale para documentar a colheita das uvas para uma revista internacional. Ruggery, cético, recebeu o forasteiro de boné colorido e sorriso fácil com a frieza de quem desconfia de quem não suja as mãos de terra.

— Suas fotos vão congelar um momento — disse Ruggery, servindo um vinho tinto intenso. — Mas o vinho é sobre o tempo que passou. São coisas opostas.

Jai ergueu a câmera e disparou.
— Talvez não. Talvez a foto seja a memória que o tempo não apaga.

Nos dias seguintes, Jai seguiu Ruggery pelos vinhedos. Não fotografava apenas as uvas, mas as mãos de Ruggery no caule das plantas, a sombra do chapéu sobre seu rosto, o suor escorrendo em sua nuca sob o sol andino. Ruggery, inicialmente irritado com a persistência do estrangeiro, começou a sentir uma presença tranquila ao seu redor.

Uma tarde, Jai mostrou a Ruggery uma foto em sua tela: era ele, Ruggery, de costas, olhando o pôr do sol sobre os vinhedos. A imagem não era sobre a paisagem, mas sobre a solidão na postura dele.

— Você vê coisas que eu não vejo — Ruggery sussurrou.

— É o meu trabalho — Jai respondeu. — Ver o invisível.

O amor brotou como uma videira teimosa em terreno pedregoso. Ruggery, o homem da terra, começou a ensinar a Jai os segredos do vinho. Jai, o homem do vento, mostrou a Ruggery que sua vida não era só trabalho, mas também poesia. Eles eram opostos que se complementavam: um era a raiz, o outro era as asas.

Quando a revista enviou o chamado para a próxima missão — desta vez no Alasca —, Jai olhou para o aviso, depois para Ruggery entre os barris de carvalho.

— Não sei se vou — confessou Jai, pela primeira vez hesitante.

Ruggery encheu duas taças com seu melhor vinho de reserva.
— O vento não pede permissão para passar, Jai. E uma raiz não pode prender o que precisa voar.

Mas naquela noite, sob um céu estrelado que parecia tocar os picos das montanhas, Jai não fotografou. Apenas se sentou ao lado de Ruggery em silêncio. E Ruggery, pela primeira vez em anos, sentiu que sua vida imutável ganhara um novo sabor — doce, intenso e levemente amargo, como um vinho que ainda está envelhecendo, mas já promete ser inesquecível.

Dois meses depois, no auge do inverno, um envelope chegou para Ruggery. Dentro, uma única foto: os vinhedos cobertos de neve, vazios, mas com uma luz dourada que só Jai sabia capturar. No verso, uma linha:

*“Até o vento sabe onde é seu lugar.”*

E Ruggery soube, ao sentir o frio da neve pela janela e o calor do vinho na taça, que algumas sementes são plantadas para florescer na distância — e que o amor, como um bom vinho, não precisa de pressa para ser verdadeiro.

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