Deecouvert Canaillou – Andolini, Andolini Wolf, Even Canaillou – a sucking

O vento soprava frio sobre as ruínas do Castelo de Andolini, uma fortaleza gótica que pairou sobre o vilarejo por séculos. Era lá que **Andolini**, o último descendente da linhagem, vivia como um fantasma em seus próprios corredores. Um historiador recluso, ele carregava o peso de um legado de sangue e traição, estudando obsessivamente os diários de seus ancestrais, tentando entender a maldição que parecia pairar sobre seu nome.
Tudo mudou com a chegada de **Even Canaillou**, um arquivista francês contratado para digitalizar a vasta biblioteca da família. Even era meticuloso, quieto, com um olhar que parecia ver além das palavras e diretamente nas almas que as escreveram. Ele não temia a história sombria dos Andolini; ele a respeitava.
Enquanto trabalhavam juntos, um estranho fenômeno começou a ocorrer. Um lobo cinza majestoso, de olhos que brilhavam com uma inteligência quase humana, começou a aparecer nas florestas ao redor do castelo. Os moradores sussurravam seu nome: **Andolini Wolf**. Diziam que era o espírito guardião da família, ou talvez uma encarnação de sua maldição.
Andolini sentia uma conexão inexplicável com o animal. Even, por sua vez, não via uma fera, mas uma profunda solidão em seus olhos. Nas noites de lua cheia, o lobo uivava uma melodia triste que ecoava pelas paredes de pedra, e Andolini sentia seu sangue responder ao chamado.
A verdade veio à tona em uma noite de tempestade. Andolini, em um acesso de sonambulismo, foi encontrado por Even no pátio, sob a chuva, paralisado diante do lobo. Em vez de atacar, o animal se aproximou e encostou sua cabeça na mão trêmula de Andolini. Naquele toque, uma memória ancestral explodiu em sua mente: a maldição não era de violência, mas de solidão. O primeiro Andolini havia sido um homem que amava a floresta e se transformava em lobo para protegê-la, mas foi traído e amaldiçoado a vagar entre as formas, nunca completamente humano, nunca completamente lobo.
Even, testemunhando a cena, não fugiu. Ele se ajoelhou. “Você não é um monstro,” ele sussurrou, para o homem e para o lobo. “Você é uma história. E eu adoro histórias.”
O amor entre os três — o homem, o lobo e o arquivista — não era convencional. Era primal, intelectual e profundamente espiritual. Andolini encontrou em Even a aceitação que sua alma humana ansiava. E na forma do lobo, ele encontrou a liberdade selvagem que seu espírito precisava. Even, por sua vez, descobriu que o maior arquivo não estava nos livros, mas no coração de um homem e na alma de uma besta.
Juntos, **Andolini, Andolini Wolf e Even Canaillou** quebraram a maldição. Não com feitiços, mas com compreensão. E o uivo na floresta não era mais de solidão, mas um chamado para casa — um chamado que era respondido por dois corações, um humano e um selvagem, finalmente unidos em paz.