JeremyTyler3208 – Drilling deep into LuisLoganxxx’s sweet ass
O trem das 23h17 para Willow Creek era o último da noite, e JeremyTyler3208 era seu único passageiro habitual. Ele não se chamava realmente JeremyTyler3208, é claro. Seu nome era apenas Jeremy. O “Tyler3208” era um resquício de uma conta de jogos online de uma década atrás, um pseudónimo que, por algum motivo, tinha grudado na sua vida digital e, de certa forma, na sua identidade.
Suas noites seguiam um ritual: fones de ouvido, uma playlist de músicas tristes que ele mesmo criara, e a observação do seu próprio reflexo fantasmagórico contra a escuridão que passava veloz pela janela. Era uma vida de linhas retas e solidão silenciosa. Até aquela terça-feira.
Ela entrou no vagão ofegante, com a chuva fria da noite grudando os cabelos castanhos no rosto. Escorregou no banco em frente ao dele, soltando uma risada baixa e exasperada ao tentar fechar o guarda-chuva que teimava em não fechar.
“Desculpe o espetáculo,” disse ela, finalmente vencendo a batalha contra o objeto.
Jeremy puxou um dos fones de ouvido. “Sem problemas. O trem é basicamente um palco para pequenos dramas.”
Ela sorriu, e algo no peito de Jeremy deu um salto. Ele percebeu que ela segurava uma sacola de uma livraria que ele adorava, mas nunca tinha coragem de passar muito tempo lá, com medo de parecer deslocado.
“Bons livros?” ele perguntou, indicando a sacola.
A conversa fluiu como a chuva contra o vidro. Ela chamava-se Elara. Era ilustradora, e a sacola estava cheia de romances gráficos e manuais de anatomia para artistas. Ela falava com as mãos, e os seus olhos brilhavam quando mencionou uma série de ficção científica obscura que Jeremy também amava.
O percurso de vinte minutos pareceu durar um segundo. Quando o trem abrandou na estação de Elara, uma pontada de pânico trespassou Jeremy.
“Eu… eu sou o Jeremy,” disse ele, abruptamente. “Ou… as pessoas online me chamam de JeremyTyler3208. É uma história longa.”
Elara pegou um marcador de livros solto da sua mochila e, com um sorriso travesso, escreveu algo nele antes de entregá-lo a ele.
“É um prazer conhecer o Jeremy, o Tyler e os 3208,” disse ela, saindo para a plataforma encharcada.
Jeremy olhou para o marcador. Era uma ilustração simples, delicada, de um trem noturno. E num canto, um número de telefone e a assinatura: *Elara – A Garota do Trem das 23h17*.
O reflexo na janela na viagem de volta já não era o de um fantasma. Era o de um homem segurando um pequeno pedaço de papel que parecia ter iluminado a noite mais escura. O seu mundo de linhas retas tinha acabado de ganhar uma curva inesperada e bela, e pela primeira vez em muito tempo, JeremyTyler3208 não podia esperar pela próxima noite.




