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Part One – Alex Kof – The Leo Brown Oiled Opened

O metrô era o palco solitário de Alex Kof. Todas as noites, às 23h17, ele pegava o último trem da Linha Leste, sempre no mesmo vagão, sempre com um livro de capa preta nas mãos. Era sua fuga do mundo dos vivos — um mundo que, desde que perdeu a visão em um acidente dois anos antes, parecia ter virado suas costas para ele.

Uma terça-feira chuvosa trouxe uma mudança. Uma voz suave, carregada de um sotaque estrangeiro, quebrou sua rotina.

“Com licença, este assento está livre?”

Era uma pergunta comum, mas a voz era nova. Alex assentiu, fechando seu livro em braille.

“Obrigada. Estou perdida. Pode me dizer se este trem para na Praça da Aurora?”

Alex sorriu levemente. “Você está no trem errado. Este é o expresso. Não para na Aurora.”

Um suspiro de frustração. “Merda. Desculpe o palavrão.”

“Normalmente eu xingo muito mais”, ele respondeu, e ouviu uma risada baixa.

O nome dela era Maya. Era uma artista de rua, nova na cidade, e carregava consigo o cheiro de tinta a óleo e esperança. Naquela viagem de vinte minutos, eles conversaram. Alex, que havia se fechado para o mundo, descobriu-se descrevendo a cidade para ela — não como ela era, mas como ele a lembrava: as cores dos prédios antigos, a forma das nuvens no pôr do sol no parque, o som dos pombos no mercado central.

Maya não o tratou com pena. Ela ficou fascinada. “Você pinta quadros com palavras, Alex Kof.”

Na estação final, ela hesitou. “Eu… eu poderia te encontrar aqui de novo? Amanhã? No mesmo horário? Para te pagar um café por ter me ajudado.”

Alex sentiu um frio na espinha. O medo de se conectar, de confiar, de se machucar novamente. Mas a solidão era um peso maior.

“Às 23h17”, ele disse. “Mas eu tomo chá, não café.”

No dia seguinte, ele estava lá. E ela também. E no outro. Maya começou a descrever o mundo para ele, com uma riqueza de detalhes que seus olhos nunca poderiam capturar. Ela falava das sombras alongadas no final da tarde, dos grafites nas paredes dos becos, da expressão das pessoas na rua. Em troca, Alex dava alma a essas imagens, contextualizando-as com histórias e memórias.

Uma noite, Maya ficou em silêncio por um longo tempo.

“Alex”, ela disse, sua voz mais suave que o normal. “Hoje o céu está de um roxo tão profundo que quase parece triste. E eu não consigo parar de pensar que gostaria que você pudesse vê-lo.”

Ele estendeu a mão, encontrando a dela sobre o banco. Seus dedos estavam manchados de tinta.

“Eu posso ver, Maya. Através de você. E é mais bonito do que eu jamais lembrei.”

O apito do trem anunciou a estação final. Mas nenhum deles se moveu. O mundo lá fora podia esperar. Dentro daquele vagão quase vazio, Alex Kof havia encontrado uma nova visão — não nos olhos, mas no coração de quem o fazia enxergar o mundo de uma maneira totalmente nova.

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