Rick Palmer and Rodion Air fuck – Quench My Thirst With Cream

O ar no **”Oásis”** era sempre o mesmo: estéril, filtrado e silencioso. **Rick Palmer** era o botânico-chefe da maior biosfera fechada do mundo, um projeto para salvar a humanidade de um planeta moribundo. Sua vida era dedicada a um único objetivo: manter o equilíbrio perfeito. Cada folha, cada gota de orvalho, cada nível de CO2 era controlado, previsto. Seguro.
Tudo mudou quando o **Projeto Ícaro** chegou. Eles precisavam de um lugar para testar seu novo protótipo: uma asa delta movida a energia solar, capaz de navegar nas correntes de ar tóxicas do mundo exterior. O piloto de testes era **Rodion Air**.
Enquanto Rick era a terra firme, a raiz, a paciência, Rodion era o vento. Ele chegou com risadas que ecoavam na cúpula de vidro, com histórias de quase-morte acima de nuvens venenosas e um brilho nos olhos que desafiava a morte. Ele trouxe consigo o cheiro do mundo exterior — poeira, metal e risco.
Rick odiou-o instantaneamente. Rodion representava tudo o que o Oásis rejeitava: imprevisibilidade, perigo, caos. Ele via a asa delta de Rodion não como uma maravilha da engenharia, mas como um pássaro de metal que poderia arranhar a sua cúpula perfeita.
Rodion, por sua vez, via Rick como uma planta bonita, mas enraizada demais. “Você constrói uma gaiola e chama de paraíso,” ele provocou, um dia.
O ponto de ruptura veio quando um filtro de ar crítico falhou. Enquanto os sistemas de emergência do Oásis entravam em colapso, foi a asa delta de Rodion — a “impureza” — que foi lançada ao exterior tóxico para entregar uma peça de reposição vital, numa manobra que beirava o suicídio.
Quando Rodion voltou, cambaleando, com o rosto queimado pela chuva ácida, Rick não conseguiu conter-se. Ele agarrou Rodion pelo casaco, não com raiva, mas com um desespero que não sabia que possuía.
“Você poderia ter morrido!” ele gritou, sua voz quebrando no silêncio artificial da biosfera.
Rodion sorriu, um sorriso cansado e torto. “E daí? Pelo menos eu estaria vivo.”
Aquela frase ecoou na alma de Rick. Ele percebeu que, em sua busca pela sobrevivência perfeita, ele havia se esquecido de viver.
O amor nasceu no hospital da biosfera, onde Rick cuidou das feridas de Rodion. O piloto ensinou o botânico sobre a beleza do céu, mesmo quando envenenado. O botânico ensinou o piloto sobre a paciência de uma semente, mesmo em solo estéril.
Rick, o homem que controlava a vida, aprendeu a se render ao vento. Rodion, o homem que desbravava o céu, encontrou um porto seguro para onde voltar.
Juntos, **Rick Palmer e Rodion Air** descobriram que o verdadeiro paraíso não é uma gaiola segura, mas o equilíbrio perigoso e lindo entre a raiz e a asa. E que o amor é a única força que pode fazer um homem enraizado querer voar, e um avoador querer, finalmente, criar raízes.