Tucundente and Viktor Rom fuck – Fuego en el Europa

Claro, aqui está uma pequena história de amor para Tucundente e Viktor Rom.
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O circo era o único lar que **Tucundente** já conhecera. Nascido sob uma lona colorida, ele era o **Homem-Bala**, a atração principal que arrancava gritos mistos de terror e admiração da plateia. Sua vida era um turbilhão de viagens, aplausos efêmeros e o cheiro constante de gasolina e pipoca. Por trás da maquiagem gritante e do sorriso ensaiado, havia apenas o vazio silencioso do canhão que o cuspia todas as noites.
**Viktor Rom** era um homem de silêncios. Um relojoeiro que herdara a pequena loja escura de seu avô, sua vida era medida em ticks suaves e precisos, em engrenagens minúsculas e poeira de séculos. Sua existência era solitária, metódica, um eterno crepúsculo entre quatro paredes cheias de memórias paradas no tempo.
O destino agiu com um acidente banal. O caminhão do circo quebrou na pequena cidade de Viktor, forçando uma parada não programada. Entediado e inquieto, Tucundente vagou pelas ruas silenciosas até que sua atenção foi capturada por uma vitrine. Dentro, sob uma luz suave, centenas de relógios marcavam a mesma hora com uma sincronia hipnótica. E atrás do balcão, um homem com olhos sérios e mãos incrivelmente delicadas trabalhava com uma lupa no olho.
Havia uma paz ali que Tucundente não conhecia. Ele entrou, o sino da porta soando como um alarme naquela quietude.
“Posso ajudar?”, Viktor perguntou, sem levantar os olhos da pequena engrenagem entre seus dedos.
“Só olhando”, disse Tucundente, sua voz mais suave do que o habitual, sem a energia performática do circo.
Ele voltou no dia seguinte. E no outro. Inventou desculpas para estar lá: um cordão de relógio quebrado, uma pulseira que precisava de ajuste. Viktor, um homem de poucas palavras, apenas assentia e consertava, observando aquele homem colorido e cheio de energia que parecia uma tempestade dentro de seu santuário silencioso.
Viktor via a inquietação em seus olhos, a solidão que ele tentava esconder sob bravatas e histórias exageradas. Tucundente via a solidão tranquila de Viktor, a paciência infinita que ele não possuía.
A atração foi crescendo no espaço entre os ticks dos relógios. Era o contraste que os unia. A velocidade e a pausa. O barulho e o silêncio. A fugacidade do show e a permanência do tempo.
Numa tarde, Tucundente apareceu na loja sem motivo algum. Ele apenas ficou parado, observando Viktor trabalhar.
“E se eu não voltar para o circo?”, a pergunta ecoou na loja silenciosa, mais vulnerável do que um grito.
Viktor finalmente levantou os olhos, tirando a lupa. Seu olhar sereno encontrou o de Tucundente.
“Aqui”, ele disse, sua voz um sussurro rouco, “o tempo é diferente. Ele não passa voando. Ele é consertado, cuidado… apreciado